sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Professor da UEM é um dos ganhadores do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia




Foi realizada, na última segunda-feira (11), no Palácio do Iguaçu, a solenidade de entrega da 26ª edição do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia. Na ocasião, o professor Jesuí Vergílio Visentainer, da Universidade Estadual de Maringá, foi premiado na Categoria Professor-Pesquisador pela área de Ciências Exatas e da Terra. O prêmio é organizado anualmente pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).


Visentainer é “prata da casa”, tendo se graduado em Química pela UEM em 1982. Desde então vem construindo um currículo invejável. Para o pesquisador o prêmio concedido pela Secretaria de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior tem um significado importante. Não só pelo reconhecimento do seu trabalho científico, mas principalmente porque valoriza a pesquisa dentro das universidades do Paraná. “É graças ao incentivo à pesquisa e à concessão de bolsas, que muitos acadêmicos têm conseguido manter-se na universidade”, salientou o químico maringaense, referindo-se aos inúmeros bolsistas que já orientou. Ele cita um caso recente, em que um graduando o procurou para saber se havia um projeto com bolsa, porque sem essa ajuda seria obrigado a deixar a universidade. O professor concedeu a bolsa e o projeto em que o acadêmico se envolveu acabou levando-o à pós-graduação, que ele concluiu com destaque. Hoje ele já está no mercado, dando sua parcela de contribuição à sociedade.

Carreira 
Doutor em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas, com pós-doutorado pela Laval University Agri-Food, no Canadá, o pesquisador iniciou sua carreira de docente na UEM em 1986.

Nos últimos anos, publicou mais de 200 artigos científicos, quatro livros e seis capítulos de livros. Sem contar as publicações em anais e apresentações em congressos, que ultrapassam a marca de 780.

Além desses números expressivos, a liderança científica de Visentainer na área de ciência de alimentos é demonstrada de outras formas. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq nível 1B e suas pesquisas já geraram oito solicitações de patentes, tendo rendido também outras premiações relevantes.

Entre os pedidos de patente, um está relacionado ao desenvolvimento de uma fonte de ionização e dessorção de amostras para análise por espectrometria de massas. Trocando em miúdos, é um dispositivo inédito, sensível e portátil, que promete simplificar e baratear a análise dos componentes químicos presentes em uma amostra de material. A inovação foi considerada tão marcante e criativa que, no ano passado, mereceu a capa da revista científica Analyst, da Royal Chemical Society.

O campo de atuação do pesquisador está relacionado, principalmente, ao doseamento dos constituintes lipídicos, ácidos graxos, fitosteróis e antioxidantes. Atua ainda na manipulação de ácidos graxos funcionais em animais e desenvolvimento de instrumentação analítica para análises de componentes bioativos em alimentos.

Prêmio
O Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, criado em 1986 pelo governador José Richa, contempla, a cada ano, em sistema de rodízio, duas grandes áreas do conhecimento. Nesta edição foram escolhidas as Ciências Exatas e da Terra e Ciências da Saúde.

A iniciativa faz parte das ações da Seti para valorizar produções científicas, contemplando cinco categorias: professor-pesquisador; pesquisador-extensionista; inventor independente; estudante de graduação; e jornalista.

A premiação consiste em diploma e valor com base no salário do professor-titular em regime de dedicação exclusiva, incluindo a gratificação de incentivo à titularidade de doutor, da carreira do magistério público do ensino superior do Estado.

Durante a solenidade de entrega do prêmio, o secretário João Carlos Gomes disse que as universidades estaduais do Paraná são responsáveis pela maior parte da produção científica do estado, em decorrência do nível de excelência de seu quadro de pessoal, em sua maioria mestres e doutores, com formação nas melhores instituições do país e do exterior. “Esta solenidade marca uma iniciativa do Governo do Estado do Paraná voltada para destacar e mostrar o reconhecimento social acerca da carreira profissional de pesquisadores, do desempenho acadêmico de estudantes e da capacidade criativa de inventores independentes”, afirmou o secretário.

O vice-governador Flávio Arns destacou a importância da educação no desenvolvimento e na produção do conhecimento. “Quando se pensa em ciência e tecnologia não podemos esquecer que o processo é consequência do investimento em educação. Pelo ensino superior temos a possibilidade de mudar a realidade e com investimento em ensino, pesquisa e extensão produzimos o conhecimento que transforma e valoriza o cidadão. O nosso sistema juntamente com a Universidade Federal do Paraná, a Universidade Federal Tecnológica, o Instituto Federal, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, e a rede privada de ensino superior contribui de modo efetivo para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico do Paraná ”, salientou Arns.

A coordenadora de Ciência e Tecnologia da Seti, Sueli Rufini ressaltou que o trabalho dos pesquisadores que participaram do Comitê de Avaliação do 26º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia. “São profissionais que atuam com pesquisa e estão vinculados aos melhores Programas de Pós-Graduação do país, que avaliaram uma grande quantidade de trabalhos inscritos. De todos os prêmios destinados a professores e acadêmicos deste ano apenas um não foi para uma universidade estadual”, acrescentou a coordenadora.

Para o reitor Júlio Santiago Prates Filho, que prestigiou a cerimônia em Curitiba, a premiação do professor Jesuí Visentainer reflete a competência dos pesquisadores da UEM e evidencia a excelência da instituição nas áreas de pesquisa, pós-graduação e inovação tecnológica. Na avaliação dele, toda a comunidade universitária está de parabéns, porque a premiação também é fruto do trabalho em equipe, em que cada servidor, docente e agente universitário, contribui com o seu conhecimento e dedicação. Ele ainda enalteceu o papel dos estudantes nesta contribuição, uma vez que eles, por meio do envolvimento em trabalhos de iniciação científica, ajudam a elevar o reconhecimento sobre a importância da ciência e da tecnologia e sua aplicação na vida dos cidadãos.

UEM

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